capacitación espermática

CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES

O QUE É A CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES?

A capacitação dos espermatozóides é definida como a fase final que permite que os espermatozóides libertados no ejaculado adquiram a capacidade de fertilizar o óvulo.

Este processo ocorre naturalmente no trato reprodutor feminino, mas para realizar uma técnica de reprodução assistida é necessário imitar estas condições in vitro.

O processo de capacitação dos espermatozóides consiste em separar o plasma seminal dos espermatozóides, ao mesmo tempo que os espermatozóides são agrupados de acordo com a sua motilidade e morfologia e incubados com meios de cultura que imitam as condições in vivo.

capacitação dos espermatozóides

TÉCNICAS DE CAPACITAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES

No laboratório, existem diferentes formas de efetuar o processo de capacitação dos espermatozóides. Na Phi Fertility, utilizamos diferentes métodos em função das características do sémen. Os principais processos utilizados são:

  • Gradientes de densidade: vários meios de densidade mais alta para mais baixa são colocados num tubo de laboratório e a amostra de sémen é colocada por cima. Os espermatozóides óptimos são depois centrifugados e poderão atravessar estas barreiras e chegar ao fundo do tubo onde serão posteriormente recolhidos para serem utilizados em técnicas de reprodução assistida, uma vez que são os espermatozóides com motilidade progressiva e capacidade de fecundação.

 

  • Swim-up: para esta técnica, a amostra de sémen é centrifugada com um meio de cultura específico. Este procedimento concentra todas as células do ejaculado no fundo do tubo e elimina o plasma seminal. Adiciona-se então um meio de cultura fresco e incuba-se com o tubo inclinado durante 30 a 60 minutos. Com esta técnica, os espermatozóides de boa qualidade podem nadar para cima e ser recuperados para a fertilização.

 

TÉCNICAS ESPECIAIS DE FORMAÇÃO

Existem várias técnicas para a capacitação do sémen, as mais comuns das quais são enumeradas acima. No entanto, na Phi Fertility utilizamos uma terceira técnica de capacitação que é indicada para espermatozóides com elevada fragmentação de ADN de cadeia dupla que resulta em danos internos nos espermatozóides que não são visíveis a olho nu e que conduzem a falhas de implantação, abortos espontâneos repetidos e cinética embrionária lenta.

  • Técnica microfluídica: consiste num dispositivo com vários poços de entrada e de saída. Colocar a amostra de sémen com o meio de cultura específico nos poços de entrada e incubar durante 20 minutos. Passado este tempo, recolhemos os espermatozóides que chegaram aos poços de saída.

Este dispositivo está equipado com canais microfluídicos nos quais os espermatozóides serão seleccionados com base na melhor morfologia, na melhor motilidade e na baixa presença de fragmentação do ADN.

 

REM (CONTAGEM DE ESPERMATOZÓIDES MÓVEIS) E QUALIDADE DO SÉMEN

Após a capacitação do sémen, procede-se à verificação do resultado da amostra. Para isso, observamos uma gota da amostra obtida ao microscópio. Vamos analisar o número de espermatozóides recuperados e com motilidade rectilínea por mililitro de sémen ejaculado. Isto é conhecido como REM (motile sperm count – contagem de espermatozóides móveis).

Por outro lado, com as técnicas de capacitação de espermatozóides conseguimos melhorar a amostra seminal, uma vez que descartamos espermatozóides imóveis e qualquer tipo de células que não sejam espermatozóides, sejam células epiteliais, leucócitos, etc., que podem interferir negativamente nos resultados das técnicas de reprodução.

Obteremos também uma amostra com melhor motilidade, morfologia e menor fragmentação do ADN.

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FORMAÇÃO DE ESPERMATOZÓIDES E TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO

Por fim, a capacitação de espermatozóides não é apenas utilizada para uso direto em técnicas de reprodução assistida, como a IA ou a FIV, mas é também utilizada como teste de diagnóstico para a infertilidade masculina.

Normalmente, uma análise de sémen capacitado é efectuada por swim-up e o resultado obtido dá-nos uma ideia da técnica de reprodução assistida que podemos utilizar no futuro:

  • Uma EMR superior a 5 mil/ml seria indicada para a inseminação artificial.
  • A EMR entre 1 e 3 mil/ml seria indicada para a FIV convencional.
  • A EMR inferior a 1 mil/ml seria indicada para ICSI.